Olhares ácidos; sorrisos amargos e um cheiro de caju estragado caído no mato. De tudo, o que eu mais gostava era das folhas secas que pousavam no meio da rua, tão lindas. Lembram-me o outono, essa estação que faz tudo cair no chão. Gostava das tardes frias, do céu nublado e da chuva fina. Nunca gostei de sol quente, lantente, que chega a queimar a retina da gente. Sinto falta dos olhos cansados dos meus avós e da pele enrugada de linhas com muitas histórias escritas. Saudades do tempo em que eu não pensava na vida. Mentira! Eu sempre pensei nessa cretina. Lembrei do joelho ralado, dos 3 pontos no queixo e daquele corte no pé. É, ser criança dói. Mas só na pele, porque a alma infantil é e foi dormente e feliz. Rememorei aquele instante, aliás, todos aqueles instantes de felicidade instantânea que eu sentia no sabor do achocolatado de fim de noite. Café-da-manhã com pão, pai, mãe, irmãos, queijo, leite e margarina; como era boa a vida.
Não lembro de datas, números, quiçá nomes. Mas não esqueço, nunca, daquilo que me fez sentir feliz
Não lembro de datas, números, quiçá nomes. Mas não esqueço, nunca, daquilo que me fez sentir feliz
Que bonito e bem ao estilos Bruna Guedes.
ResponderExcluirAin faz a gente lembrar dos momentos simples e felizes de quando éramos criança. Um alívio...sim nós vivemos aquilo!!!