segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Vestidas pra vida!

Vista-se de cor, alegria e frescor
Vista-se de sonhos, justiça e amor
Vista-se de paz, tranqulidade e felicidade
Vista-se de carinho, afago e ternura
Vista-se de afeição, zelo e simplicidade
Vista-se de paixão, perdão e possibilidades
Vista-se de apego, afeto e fraternidade
Vista-se de desafios, bom-humor e entusiasmo
Vista-se de serenidade, prioridade e vivacidade
Vista-se de sonhos, vista-se de possível e impossível
Vista-se de dignidade e comece a viver a feliz idade!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Chovemos

Não foi uma gota num copo d'água, foi uma tempestade inteira.
Culpa dos olhos, que estavam mais encharcados que as nuvens cinzas de um céu de verão.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Lembrança de uma férias feliz


A vó faz o pão enquanto o vô vai tirar o leite, os primos brincam, acolá, na beira do açude que pra eles era como se fosse o mar. Mucuim nas pernas, devido as subidas e descidas no pé de siriguela; vacas, bois, cavalos e gatos. Tinha muito naquele sítio arretado. Mangueiras com mangas gigantes e muitos ingás, os primos gostavam de ir pra roça catar pinha, milho e amendoim. A vó fazia delícias que engordam o buxo de todo menino faminto e feliz. Pamonha, canjica ou curau. Era tudo muito legal, sem contar nos doces de leite, adorava aqueles com bolinhas. O queijo com buracos dava o toque especial na mesa do café-da-manhã dominical. Que tempo bom aquele em que os primos só comiam, engordavam e eram felizes, muito felizes.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Memória adjetiva

Olhares ácidos; sorrisos amargos e um cheiro de caju estragado caído no mato. De tudo, o que eu mais gostava era das folhas secas que pousavam no meio da rua, tão lindas. Lembram-me o outono, essa estação que faz tudo cair no chão. Gostava das tardes frias, do céu nublado e da chuva fina. Nunca gostei de sol quente, lantente, que chega a queimar a retina da gente. Sinto falta dos olhos cansados dos meus avós e da pele enrugada de linhas com muitas histórias escritas. Saudades do tempo em que eu não pensava na vida. Mentira! Eu sempre pensei nessa cretina. Lembrei do joelho ralado, dos 3 pontos no queixo e daquele corte no pé. É, ser criança dói. Mas só na pele, porque a alma infantil é e foi dormente e feliz. Rememorei aquele instante, aliás, todos aqueles instantes de felicidade instantânea que eu sentia no sabor do achocolatado de fim de noite. Café-da-manhã com pão, pai, mãe, irmãos, queijo, leite e margarina; como era boa a vida.

Não lembro de datas, números, quiçá nomes. Mas não esqueço, nunca, daquilo que me fez sentir feliz

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Não foi aqui e nem ali, foi acolá.


E lá do alto, onde o vento é mais frio
a respiração mais ofegante e o coração
mais palpitante eu vi o sol nascer redondo, amarelo
e gelado. Sim, gelado.
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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Amoras, pêssegos e outras delícias


Era fim de tarde de um dia de domingo. Duas crianças brincavam no jardim debaixo de um sereno frio. A menina, mais nova, tinha olhos apertados e cabelos da cor de camomila. O menino, tinha cachos em tons mesclados e olhos redodondos de jabuticaba. Ambos tinham sorrisos de leite, pois ainda não haviam trocado os dentes. No fundo do quintal da casa deles tinha um pé de pêssego, a menina adorava, dizia que a àrvore era baixinha e a fruta aveludada, mas preferia ela em caldas. O menino era fã do pé de amora: 'fruta delícia de gostosa', dizia ele. E assim eles passavam todas as tardes de domingo, cada um brincando ao redor do seu pé-de-fruta favorito. Então, numa sexta-feira de sol quente, daqueles que te faz produzir muita melanina, eles chegaram da escola e deram conta que cortaram o pé de pêssego e o de amora. E no lugar plantaram uma imensa mangueira, e quando perguntaram o porquê, ouviram a seguinte resposta: "em época de manga ninguém passa fome e a árvore faz uma sombra enorme, vai amenizar o calor". Depois disso, pensaram em brincar no pé de siriguela que ficava depois da cerca, mas desistiram fácil, pois o pé era alto e cheio de formigas no tronco e nos galhos. E por um bom tempo a diversão dominical dos meninos foi a de ir à praça comer churros e pipoca, até o dia em que encontraram, do outro lado da rua, um pé de acerola.